Voz y resistencia, tem como objetivo dar visibilidade ao que é ignorado. Os artistas incluídos partilham uma perspetiva sobre este tema, que põe a nu a invisibilidade das falhas estruturais dos nossos sistemas sociais e económicos
O México vive uma diversidade de problemáticas, de entre as quais se destacam a violência e a insegurança.
Esta realidade é prenúncio de um constante estado de crise: a criminalização dos migrantes, a perseguição e o desaparecimento de pessoas, que, no México superaram a centena de milhar em 2022. As várias formas de violência são prova da normalização associada à decomposição do tecido social, e a impunidade face a casos de violação dos direitos humanos. No entanto, problemas como a pobreza e a marginalização extrema são condições de um sistema económico que não se circunscreve a este país.
Gina Arizpe aborda fenómenos como o feminicídio, a precaridade laboral e a pobreza, enquanto que Hernan Gonzalez reflete sobre os estereótipos sociais associados à violência e as narrativas que a excluem e celebram. Finalmente Fabiola Rayas colabora no seu trabalho de ativista com organizações defensoras dos direitos humanos e que denunciam os desaparecimentos forçados.
O impacto visual e emocional das diversas obras – que tanto comovem como provocam a indignação – representam uma forma de resistência às atuais condições de impunidade. Perante o silêncio, os artistas são o canal para expressar a indignação de outros. Apesar da dor, mas com esperança, reinventam a levantam a sua vós para evitar a repetição.