As narrativas de arte contemporânea pós-colonial antes da reordenação da pandemia são/foram dominadas por ideias sobre representação, identidade e como os outros são recebidos e percebidos em relação a um ideal ocidental centralizado – sempre mais uma coisa, mas nunca o suficiente. Estes foram metabolizados através de posturas e postulações em torno de futuros, reflexões sobre o passado e enquadramento de identidades em direção ou contra um arquétipo monocultural centralizado e celebrações de anomia como contra-conduta, mas ainda como um reflexo e refração das hierarquias de nossas histórias coloniais comuns.O mundo pós-colonial que Mónica de Miranda encorpora em Future Archives vai além da mera representação, sendo um de consanguinidades, proximidades, interdependências e colaborações familiares. No novo mundo proposto por Mónica de Miranda na Rampa, de Miranda oferece uma ousada pseudo-história catalisada através de conversas dialógicas sobre o que é realmente importante.Arquivos futuros vai além da sinalização da virtude e apresenta uma narrativa que fornece uma reflexão do nosso novo mundo pós-colonial; aquele que não finge descolonizar, mas que repara, conserta e cura através do diálogo e da comunidade.

Programa Paralelo:

29.10.22 | 17h
Kuinzy - Performance de Zia Soares e Neusa Trovoada

12.11.22 | 17h
Conversa com Azu Nwagbogu moderada por Nuno Coelho